KARL LAGERFELD MORRE AOS 85 ANOS , EM PARIS


MORRE AOS 85 ANOS O ÍCONE  KARL LAGERFELD




O mundo da MODA amanheceu triste .

 
Em meio a uma história rica e cheia de acontecimentos, inovações, surpresas, posturas consideradas inadequadas e comentários preconceituosos, Karl Lagerfeld fica como  um dos maiores nomes do mundo da moda.  


 Karl Lagerfeld, sua trajetória  
Sem dúvidas um dos  maiores nomes da moda. 



 Karl Lagerfeld conseguiu ser um dos  estilistas  mais famoso do mundo.

O designer de moda foi diretor criativo da Chanel e da casa de moda italiana Fendi, além de também dirigir a sua própria casa de moda Karl Lagerfeld.
O designer de moda atualmente uma   das figuras mais respeitadas no mundo da moda, sendo grande responsável por moldar a indústria e lançar tendências.



DEIXA UM LEGADO.  e uma história particularmente notável, marcada por inovações, polêmicas e controvérsias. Seu estilo é marcado pelo seu cabelo branco, óculos escuros e luvas.

A história de Karl Lagerfeld
Karl Otto Lagerfeld nasceu na cidade alemã de Hamburgo, em 1933, filho de um rico empresário da Suécia, que trabalhava com a produção de leite em pó. Sua mãe, por sua vez, era de Berlim. Era violinista e trabalhava com a venda de lingeries quando conheceu seu marido. Eles se casaram no ano de 1930.
Karl Lagerfeld  ficou conhecido por evitar que o público saiba sua data de nascimento real, provavelmente em uma tentativa de ocultar a sua verdadeira idade. Em função disso, chegou a dar informações contraditórias em uma entrevista cedida em 2009 para uma emissora francesa de televisão.




KARL e Silvia Tendi



   CHANEL






Figurino filme CALLAS





 Karl Lagerfeld sua data de nascimento 


Curiosidade  No  seu nascimento e o registro de batismo confirmam que ele nasceu em 1933.
Na década de 1930, a família de Karl se mudou para uma região rural, devido à ascensão de Hitler ao poder da Alemanha. Os Lagerfeld só voltaram à Hamburgo anos mais tarde, quando Karl já era um adolescente e passou a se dedicar à carreira fashion.
Quando criança Karl frequentou escolas particulares, e terminou o ensino secundário no Lycée Montaigne, em Paris, no qual se formou em desenho e história.



 Karl Lagerfeld em desfiles renomados
Lagerfeld foi contratado como assistente por Pierre Balmain, após vencer um concurso de design promovido por uma instituição internacional.


O evento ocorreu em 1955, e ele foi o vencedor na categoria de casacos. Esse acontecimento foi um grande marco para a história profissional de Karl Lagerfeld, que a partir de então ingressou no mundo da moda.



TRAJETÓRIA  profissional


Fez  sucesso durante  três anos trabalhando na casa francesa Pierre Balmain, ele ingressou na Jean Patou, grife de mesma origem que a anterior.
Onde  Lagerfeld projetou duas coleções de alta costura por ano, durante os cinco anos em que trabalhou para a marca.
Sua primeira coleção foi apresentada em 1958, na qual ele usou o nome Roland Karl ao invés de Karl Lagerfeld.




1962 A PARTIR DESTE ANO  QUE OS REPÓRTERES DE MODA PASSARAM A CHAMÁ-LO DE KARL LAGERFELT OU KARL LOGERFELD.




Sua estreia na Jean Patou foi mal recebida pela crítica de moda. A jornalista de moda americana Carrie Donovan escreveu que “a imprensa vaiou a coleção”.
 Jean Patou- grife renomada que lhe abriu as portas
Em 1960, Lagerfeld apresentou uma linha de saias para a temporada da primavera, a qual também não foi bem recebida. Dessa vez, Carrie Donovan escreveu que a linha “parecia inteligente e extremamente comercializável, pronta para vestir, não alta costura”. No mesmo ano, ele lançou pequenos chapéus especiais. Apesar de terem sido bem recebidos, a crítica em geral apontou que a linha não era inovadora.



Lagerfeld relata que passou a ficar entediado na Jean Patou, e então decidiu passar dois anos viajando por diversas praias.




A Tiziani


De volta ao trabalho em 1963, o designer começou a desenhar para a Tiziani, casa de alta costura italiana fundada por Evan Richardsnaquele mesmo ano. Seu início na grife foi marcado pela haute-couture (alta-costura) e depois pelo prêt-à-porter, cujo rótulo era  “Tiziani – Roma / Made in England”.




A primeira coleção nascida dessa parceria foi apresentada no mesmo ano. Elizabeth Taylor   era uma das grandes fãs da marca, bem como outros nomes de renome, como Gina Lollobrigida, Doris Duke, e a Princesa Marcella Borghese.


 O desenhista se manteve na casa de moda de Richards até 1969, quando então foi substituído por Guy Douvier.
Em 1964, ele começou a trabalhar como freelancer para mais uma casa de moda francesa famosa, a Chloé.




 Karl na Chloé


Inicialmente, Lagerfeld contribuía com algumas peças a cada estação, e posteriormente passou a projetar coleções inteiras para a grife. Algum tempo depois, ele foi nomeado o novo diretor artístico da grife, com a responsabilidade de reinventar a marca, que encontrava-se, na época, em declínio. Isso aconteceu décadas mais tarde, em 1991.
O designer também atuou com uma breve colaboração para a casa de moda Curiel, por meio de um projeto de alta-costura. Isso aconteceu em 1970, no ano seguinte do falecimento de Giglioga Curiel.
Na Primavera de 1973, Lagerfeld ganhou as manchetes de revistas e jornais com sua nova coleção para a Chloé, que obteve destaque por oferecer algo que fosse “alta moda e alta acampamento” ao mesmo tempo. As jaquetas dessa coleção foram o maior sucesso. Outro item de relevância foi a saia “surpresa”: com comprimento até o tornozelo, feita de seda plissada e caimento solto, que ajudava a esconder que na verdade a peça se tratava de uma calça.
ALÉM DESSAS MARCAS, O ESTILISTA JÁ COLABOROU TAMBÉM COM A TOMMY HILFIGER, MELISSA E WOLFORD.



CHANEL

Atuação na Chanel

Em 1983, Karl Lagerfeld foi nomeado diretor criativo pela Chanel, com o objetivo de perpetuar o estilo lançado pela fundadora Coco Chanel, falecida em 1971.
A primeira linha lançada por Karl Lagerfeld para a Chanel foi um verdadeiro resgate às décadas de 1920 e 1930, contando com referências do trabalho deixado por Coco Chanel




C H A N E L

 Karl assume o posto na Chanel



CHANEL enfrentava uma crise a grife estava à beira da falência, mas o estilista alemão foi capaz de trazê-la de volta ao sucesso. Ao mesmo tempo em que levou modernidade e renovação para a maison, conseguiu manter as características marcantes e o legado da icônica marca francesa, evitando que ela caísse no esquecimento.
1980  década de 80, o designer escolheu a modelo Inès de la Fressange como égérie (musa) da marca. A escolha se deu devido a sua semelhança com Coco, em uma tentativa de reencarnar a imagem da estilista.


Inès de la Fressange  e Karl


Inès foi a primeira modelo a assinar contrato de exclusividade com uma casa de alta costura. Além disso, também foi a primeira a tornar-se uma estrela famosa e popular na história da moda.
Em 2004, Lagerfeld desenhou para a maison francesa os dois selos de Saint-Valentin emitidos pelo Correio Francês.
Karl também foi o responsável pela renovação das clássicas bolsas da grife francesa, que nunca deixaram de ser um grande sucesso e um verdadeiro sonho de consumo entre os grandes apreciadores da moda


A cada coleção, as bolsas Chanel aparecem em novos tecidos, tons e formas. Karl foi responsável por lançar peças incríveis e ousadas, sem perder a essência da grife. Há poucos anos, desenvolveu uma nova linha, que foi batizada de Gabrielle, em homenagem à Coco, cujo nome de batismo era Gabrielle Bonheur Chanel.


NA FENDI.


 Karl Lagerfeld tem uma história com a Fendi é ainda mais antiga do que com a Chanel: ele foi o diretor criativo da Fendi desde 1965. Essa história rendeu inclusive um livro, lançado em 2015. A obra, intitulada Fendi By Karl Lagerfeld, conta com relatos, desenhos, entrevistas e memórias do estilista alemão.
Karl entrou para a história em 2015, quando a Fendi estreou na Semana de Moda de Paris, tornando-o o primeiro estilista a comandar dois desfiles de alta-costura na mesma temporada(Fendi e Chanel).
 O único estilista a desfilar em duas maisons



Uma das criações mais icônicas da Fendi é a bolsa Peekaboo, por Sylvia Venturini Fendi. A peça surgiu na coleção Primavera/Verão de 2009. O nome faz referência à uma brincadeira (peek a boo). A peça foi recriada recentemente, em comemoração aos seus 10 anos de lançamento.



Destaque da label italiana são os chaveiros, que chamam bastante a atenção e aparecem em diversos tamanhos e formatos. Há, inclusive, um modelo de “mini Karl Lagerfeld”.


A Marca Karl Lagerfeld


Foi em 1984 que Karl finalmente criou sua marca, localizada no número 144 da Champs-Élysées.
Em 2002, foi lançada uma coleção especial denim, feita em parceria com Renzo Rosso, fundador da Diesel. A coleção, chamada Lagerfeld Gallery by Diesel, foi co-projetada por Lagerfeld e desenvolvida pela equipe de criação da Diesel, sob a supervisão de Rosso. Era composta por cinco peças, que foram apresentadas em desfiles do designer durante a Paris Fashion Week.



Em 2010, Karl Lagerfeld foi homenageado com um prêmio criado para ele, pelo The Couture Council of The Museum at FIT (Conselho de Alta Costura do Museu do Instituto de Tecnologia Fashion, em tradução livre para o português). O prêmio, intitulado Couture Council Fashion Visionary Awards, foi entregue em um almoço beneficente no Avery Fisher Hall, em Nova York.



LAGERFELD e a fotografia


Era  designer de moda, e também fotógrafo. Começou em 1987, quando ele fez fotos para um material da Chanel destinado à imprensa.



 Karl também é apaixonado pela fotografia
Em 1997, ele lançou o livro Visionaire 23 The Emperor’s New Clothes (em tradução para o português, As Roupas Novas do Imperador). Trata-se de uma série de fotos nuas de modelos e celebridades.




A Lagerfeld Gallery foi inaugurada em 1998, com o intuito de dedicar-se exclusivamente à fotografia.



Em 2005, Karl Lagerfeld fotografou Mariah Carey para a capa da V Magazine. Além disso, colaborou com algumas edições russas e alemãs da Vogue e fez um trabalho editorial para a Harper Bazaar. O artista também faz campanhas publicitárias sob sua direção para as casas de moda como a Chanel, Fendi e sua grife homônima.

Ele também publica livros de fotos e de arquitetura, tais como Villa Malaparte e Villa Noailles, entre outros, alguns em colaboração com o arquiteto japonês Tadao Ando. Lagerfeld é o proprietário da livraria 7L e da editora de mesmo nome, localizada na rua Lile, em Paris.
Em 2013, ele dirigiu o curta-metragem Era Uma Vez… na Cité du Cinéma, Saint-Denis, por Luc Besson, com Keira Knightley no papel de Coco Chanel e Clotilde Hesme como sua tia Adrienne Chanel.




Em 2015, Karl reuniu vários trabalhos e lançou a exposição A Visual Journey, na Pinacothèque de Paris:



Karl também fez a exposição The Little Black Jacket, que em 2012 foi inaugurada no Grand Palais, em Paris, e posteriormente passou por Tóquio, Nova York, Taipei, Hong Kong, Londres e Moscou.



A mostra reúne 113 fotos tiradas por Karl Lagerfeld de personalidades marcantes e diversas como Olivier Theyskens, Anna Wintour, Yoko Ono e Uma Thurman.



As inovações mais marcantes


A cantora e atriz brasileira também serviu de inspiração para Lagerfeld, que criou vestidos mini-bra com saias bem curtas, vestidos longos com tops de sutiã e lenço-xales.
Da década de 1970 em diante, Lagerfeld passou a trabalhar ocasionalmente como figurinista em algumas produções teatrais. Ele colaborou com artistas como Luca Ronconi e Jürgen Flimm, e projetou figurinos para teatros como o La Scala (Milão) e o Burgtheater (Viena), entre outros.
Lagerfeld desenhou os figurinos para as sequências do filme Callas Forever, de 2002, e para o filme De Salto Alto, de Pedro Almodóvar.



FILMES  CALLAS FOREVER  E DE SALTO ALTO..ALMODOVAR


 Callas Forever- Figurino de Kal Lagerfield
Em 2004, o designer trabalhou em algumas roupas para a cantora Madonna, que usou-as em sua turnê Re-Invention. O designer fez também as roupas de Kylie Minogue para a Showgirl Tour, de 2005.



 Madonna Tour Re-Invention


Karl sempre trabalha para produzir desfiles dos jeitos mais inusitados e divertidos possíveis, inspirados em lugares como supermercados, aeroportos e cassinos. Sua ideia é mostrar que as roupas da grife não se encaixam apenas em ocasiões formais.



No desfile da temporada de inverno 2014/2015 da Chanel, Karl transformou o Grand Palais em um supermercado. No cenário, o próprio estilista e suas modelos entraram empurrando carrinhos e escolhendo produtos das prateleiras.




Polêmicas e discriminação


A história do designer de moda alemão também é marcada por uma série de polêmicas e controvérsias.

Na Semana de Moda de Milão de 1993, a stripper e atriz pornô italiana Moana Pozzi foi uma das modelos a desfilar para a coleção Black and White da Fendi.




A atual editora-chefe da revista Vogue norte-americana Anna Wintour se retirou do desfile.
Em 1994, Lagerfeld fez uso de um verso do Alcorão para apresentar a sua coleção de alta-costura de primavera para a Chanel daquele ano. Isso gerou uma grande polêmica, quando estudiosos muçulmanos começaram a incentivar que fosse feito um boicote à grife. O designer se desculpou, alegando que havia retirado o trecho de um livro sobre o Taj Mahal, acreditando ser originalmente um poema.

Anos depois, outra polêmica! Em 2001, no desfile de moda no Lincoln Center, em Nova York, ativistas da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em tradução para o português) fizeram protestos contra Lagerfeld. Um porta-voz da PETA chamou o estilista de “designer de dinossauros”, pois continua a usar peles de animais em suas coleções.


KARL  X. ADELLE


A cantora britânica Adele foi alvo de comentários polêmicos de Karl Lagerfeld em 2012, quando ele disse que ela é “um pouco gorda demais”, o que causou grande fúria em todo o Reino Unido e ao redor do mundo.



Posteriormente, ele veio a se desculpar, e a cantora rebateu a crítica maldosa do estilista, dizendo que é como a maioria das mulheres, e que sente orgulho por isso.
Meses mais tarde no mesmo ano, Lagerfeld voltou a protagonizar outra polêmica devido aos seus comentários inconvenientes.

Nessa situação, o designer elogiou a aparência de Kate Middleton, duquesa de Cambridge, e em seguida criticou a sua irmã, Pippa Middleton.
Ele disse: “Kate Middleton tem uma silhueta bonita e é a garota certa para aquele menino. Eu gosto desse tipo de mulher! Eu gosto de belezas românticas” e acrescentou, sobre Pippa: “Ela se esforça. Mas eu não gosto do seu rosto. Ela só devia mostrar-se de costas!”






 

Lagerfeld foi contratado como assistente por Pierre Balmain, após vencer um concurso de design promovido por uma instituição internacional. O evento ocorreu em 1955, e ele foi o vencedor na categoria de casacos. Esse acontecimento foi um grande marco para a história profissional de Karl Lagerfeld, que a partir de então ingressou no mundo da moda.

Carreira profissional
Após três anos trabalhando na casa francesa Pierre Balmain, ele ingressou na Jean Patou, grife de mesma origem que a anterior. Lá, Lagerfeld projetou duas coleções de alta costura por ano, durante os cinco anos em que trabalhou para a marca.

Sua primeira coleção foi apresentada em 1958, na qual ele usou o nome Roland Karl ao invés de Karl Lagerfeld.

FOI A PARTIR DE 1962 QUE OS REPÓRTERES DE MODA PASSARAM A CHAMÁ-LO DE KARL LAGERFELT OU KARL LOGERFELD.

Sua estreia na Jean Patou foi mal recebida pela crítica de moda. A jornalista de moda americana Carrie Donovan escreveu que “a imprensa vaiou a coleção”.

Jean Patou- grife renomada que lhe abriu as portas
Jean Patou- grife renomada que lhe abriu as portas
Em 1960, Lagerfeld apresentou uma linha de saias para a temporada da primavera, a qual também não foi bem recebida. Dessa vez, Carrie Donovan escreveu que a linha “parecia inteligente e extremamente comercializável, pronta para vestir, não alta costura”. No mesmo ano, ele lançou pequenos chapéus especiais. Apesar de terem sido bem recebidos, a crítica em geral apontou que a linha não era inovadora.

Lagerfeld relata que passou a ficar entediado na Jean Patou, e então decidiu passar dois anos viajando por diversas praias.

A Tiziani
De volta ao trabalho em 1963, o designer começou a desenhar para a Tiziani, casa de alta costura italiana fundada por Evan Richards naquele mesmo ano. Seu início na grife foi marcado pela haute-couture (alta-costura) e depois pelo prêt-à-porter, cujo rótulo era  “Tiziani – Roma / Made in England”.

Desenhos de Karl na Tiziani
Desenhos de Karl na Tiziani
A primeira coleção nascida dessa parceria foi apresentada no mesmo ano. Elizabeth Taylor era uma das grandes fãs da marca, bem como outros nomes de renome, como Gina Lollobrigida, Doris Duke, e a Princesa Marcella Borghese. O desenhista se manteve na casa de moda de Richards até 1969, quando então foi substituído por Guy Douvier.

Em 1964, ele começou a trabalhar como freelancer para mais uma casa de moda francesa famosa, a Chloé.

Karl na Chloé
Karl na Chloé
Inicialmente, Lagerfeld contribuía com algumas peças a cada estação, e posteriormente passou a projetar coleções inteiras para a grife. Algum tempo depois, ele foi nomeado o novo diretor artístico da grife, com a responsabilidade de reinventar a marca, que encontrava-se, na época, em declínio. Isso aconteceu décadas mais tarde, em 1991.

O designer também atuou com uma breve colaboração para a casa de moda Curiel, por meio de um projeto de alta-costura. Isso aconteceu em 1970, no ano seguinte do falecimento de Giglioga Curiel.

Na Primavera de 1973, Lagerfeld ganhou as manchetes de revistas e jornais com sua nova coleção para a Chloé, que obteve destaque por oferecer algo que fosse “alta moda e alta acampamento” ao mesmo tempo. As jaquetas dessa coleção foram o maior sucesso. Outro item de relevância foi a saia “surpresa”: com comprimento até o tornozelo, feita de seda plissada e caimento solto, que ajudava a esconder que na verdade a peça se tratava de uma calça.

ALÉM DESSAS MARCAS, O ESTILISTA JÁ COLABOROU TAMBÉM COM A TOMMY HILFIGER, MELISSA E WOLFORD.

Atuação na Chanel
Em 1983, Karl Lagerfeld foi nomeado diretor criativo pela Chanel, com o objetivo de perpetuar o estilo lançado pela fundadora Coco Chanel, falecida em 1971.

A primeira linha lançada por Karl Lagerfeld para a Chanel foi um verdadeiro resgate às décadas de 1920 e 1930, contando com referências do trabalho deixado por Coco Chanel.

Karl na Chloé
Karl assume o posto na Chanel
Nessa época, a grife estava à beira da falência, mas o estilista alemão foi capaz de trazê-la de volta ao sucesso. Ao mesmo tempo em que levou modernidade e renovação para a maison, conseguiu manter as características marcantes e o legado da icônica marca francesa, evitando que ela caísse no esquecimento.

Na década de 80, o designer escolheu a modelo Inès de la Fressange como égérie (musa) da marca. A escolha se deu devido a sua semelhança com Coco, em uma tentativa de reencarnar a imagem da estilista.

Inès de la Fressange
Inès de la Fressange
Inès foi a primeira modelo a assinar contrato de exclusividade com uma casa de alta costura. Além disso, também foi a primeira a tornar-se uma estrela famosa e popular na história da moda.

Em 2004, Lagerfeld desenhou para a maison francesa os dois selos de Saint-Valentin emitidos pelo Correio Francês.

Karl também foi o responsável pela renovação das clássicas bolsas da grife francesa, que nunca deixaram de ser um grande sucesso e um verdadeiro sonho de consumo entre os grandes apreciadores da moda.

Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente
Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente
A cada coleção, as bolsas Chanel aparecem em novos tecidos, tons e formas. Karl foi responsável por lançar peças incríveis e ousadas, sem perder a essência da grife. Há poucos anos, desenvolveu uma nova linha, que foi batizada de Gabrielle, em homenagem à Coco, cujo nome de batismo era Gabrielle Bonheur Chanel.

Atuação na Fendi
A história de Karl Lagerfeld com a Fendi é ainda mais antiga do que com a Chanel: ele é o diretor criativo da Fendi desde 1965. Essa história rendeu inclusive um livro, lançado em 2015. A obra, intitulada Fendi By Karl Lagerfeld, conta com relatos, desenhos, entrevistas e memórias do estilista alemão.

Karl entrou para a história em 2015, quando a Fendi estreou na Semana de Moda de Paris, tornando-o o primeiro estilista a comandar dois desfiles de alta-costura na mesma temporada (Fendi e Chanel).

O único estilista a desfilar em duas maisons
O único estilista a desfilar em duas maisons
Uma das criações mais icônicas da Fendi é a bolsa Peekaboo, por Sylvia Venturini Fendi. A peça surgiu na coleção Primavera/Verão de 2009. O nome faz referência à uma brincadeira (peek a boo). A peça foi recriada recentemente, em comemoração aos seus 10 anos de lançamento.

Outra invenção de destaque da label italiana são os chaveiros, que chamam bastante a atenção e aparecem em diversos tamanhos e formatos. Há, inclusive, um modelo de “mini Karl Lagerfeld”.

É, inclusive, um dos chaveiros mais procurados
É, inclusive, um dos chaveiros mais procurados
A atriz e modelo Cara Delevingne desfilou na Semana de Moda de Milão de 2014 usando um casaco-vestido preto com capuz felpudo, e segurando o acessório que homenageia o artista.

A marca Karl Lagerfeld
Foi em 1984 que Karl finalmente criou sua marca, localizada no número 144 da Champs-Élysées.

Em 2002, foi lançada uma coleção especial denim, feita em parceria com Renzo Rosso, fundador da Diesel. A coleção, chamada Lagerfeld Gallery by Diesel, foi co-projetada por Lagerfeld e desenvolvida pela equipe de criação da Diesel, sob a supervisão de Rosso. Era composta por cinco peças, que foram apresentadas em desfiles do designer durante a Paris Fashion Week.

Desfile oficial da grife
Desfile oficial da grife
Após o evento, Rosso disse em entrevista:

“ESTOU HONRADO DE CONHECER ESSE ÍCONE DA MODA DO NOSSO TEMPO. KARL REPRESENTA A CRIATIVIDADE, TRADIÇÃO E DESAFIO, E ELE TER CONVIDADO A DIESEL PARA ESSA COLABORAÇÃO FOI UM GRANDE PRESENTE E RECONHECIMENTO DE NOSSA REPUTAÇÃO COMO O PRÊT-À-PORTER DE CASUAL WEAR”.

Os modelitos foram vendidos em edições limitadas em suas galerias em Paris e Mônaco, e no Diesel Denim Gallery em Nova York e Tóquio. Já na primeira semana de vendas em Nova York, mais de 90% das calças já havia sido vendidas, com preços que variavam de 240 dólares a US$ 1.840.

Lojas oficial da marca
Lojas oficial da marca
Em 2004, foi lançada uma linha limitada de roupas Lagerfeld pela H&M, com peças masculinas e femininas. Apenas dois dias após a divulgação dos pontos de venda e os estoques já tinham quase se esgotado.

Apesar do enorme sucesso, Lagerfeld expressou certa preocupação e receio em trabalhar com marcas low-end (que apresentam peças com preços baixos, para clientes que não têm condições de investir grandes quantidades de dinheiro em peças da moda).

A linha K par Karl foi lançada em 2007, com o objetivo de rejeitar o espírito denim chique de estilo urbano.

Em 2010, Karl Lagerfeld foi homenageado com um prêmio criado para ele, pelo The Couture Council of The Museum at FIT (Conselho de Alta Costura do Museu do Instituto de Tecnologia Fashion, em tradução livre para o português). O prêmio, intitulado Couture Council Fashion Visionary Awards, foi entregue em um almoço beneficente no Avery Fisher Hall, em Nova York.

A paixão pela fotografia
Além de designer de moda, Lagerfeld é também fotógrafo. Tudo começou em 1987, quando ele fez fotos para um material da Chanel destinado à imprensa.

Karl também é apaixonado pela fotografia
Karl também é apaixonado pela fotografia
Em 1997, ele lançou o livro Visionaire 23 The Emperor’s New Clothes (em tradução para o português, As Roupas Novas do Imperador). Trata-se de uma série de fotos nuas de modelos e celebridades.

A Lagerfeld Gallery foi inaugurada em 1998, com o intuito de dedicar-se exclusivamente à fotografia.

Em 2005, Karl Lagerfeld fotografou Mariah Carey para a capa da V Magazine. Além disso, colaborou com algumas edições russas e alemãs da Vogue e fez um trabalho editorial para a Harper Bazaar. O artista também faz campanhas publicitárias sob sua direção para as casas de moda como a Chanel, Fendi e sua grife homônima.



Ele também publica livros de fotos e de arquitetura, tais como Villa Malaparte e Villa Noailles, entre outros, alguns em colaboração com o arquiteto japonês Tadao Ando. Lagerfeld é o proprietário da livraria 7L e da editora de mesmo nome, localizada na rua Lile, em Paris.

Em 2013, ele dirigiu o curta-metragem Era Uma Vez… na Cité du Cinéma, Saint-Denis, por Luc Besson, com Keira Knightley no papel de Coco Chanel e Clotilde Hesme como sua tia Adrienne Chanel.

Em 2015, Karl reuniu vários trabalhos e lançou a exposição A Visual Journey, na Pinacothèque de Paris:



Karl também fez a exposição The Little Black Jacket, que em 2012 foi inaugurada no Grand Palais, em Paris, e posteriormente passou por Tóquio, Nova York, Taipei, Hong Kong, Londres e Moscou. A mostra reúne 113 fotos tiradas por Karl Lagerfeld de personalidades marcantes e diversas como Olivier Theyskens, Anna Wintour, Yoko Ono e Uma Thurman.

As inovações mais marcantes
A cantora e atriz brasileira também serviu de inspiração para Lagerfeld, que criou vestidos mini-bra com saias bem curtas, vestidos longos com tops de sutiã e lenço-xales.

Da década de 1970 em diante, Lagerfeld passou a trabalhar ocasionalmente como figurinista em algumas produções teatrais. Ele colaborou com artistas como Luca Ronconi e Jürgen Flimm, e projetou figurinos para teatros como o La Scala (Milão) e o Burgtheater (Viena), entre outros.

Lagerfeld desenhou os figurinos para as sequências do filme Callas Forever, de 2002, e para o filme De Salto Alto, de Pedro Almodóvar.

Callas Forever- Figurino de Kal Lagerfield
Callas Forever- Figurino de Kal Lagerfield
Em 2004, o designer trabalhou em algumas roupas para a cantora Madonna, que usou-as em sua turnê Re-Invention. O designer fez também as roupas de Kylie Minogue para a Showgirl Tour, de 2005.

Madonna Tour Re-Invention
Madonna Tour Re-Invention
Karl sempre trabalha para produzir desfiles dos jeitos mais inusitados e divertidos possíveis, inspirados em lugares como supermercados, aeroportos e cassinos. Sua ideia é mostrar que as roupas da grife não se encaixam apenas em ocasiões formais.

No desfile da temporada de inverno 2014/2015 da Chanel, Karl transformou o Grand Palais em um supermercado. No cenário, o próprio estilista e suas modelos entraram empurrando carrinhos e escolhendo produtos das prateleiras.

Polêmicas e discriminação
A história do designer de moda alemão também é marcada por uma série de polêmicas e controvérsias. Na Semana de Moda de Milão de 1993, a stripper e atriz pornô italiana Moana Pozzi foi uma das modelos a desfilar para a coleção Black and White da Fendi. A atual editora-chefe da revista Vogue norte-americana Anna Wintour se retirou do desfile.

Em 1994, Lagerfeld fez uso de um verso do Alcorão para apresentar a sua coleção de alta-costura de primavera para a Chanel daquele ano. Isso gerou uma grande polêmica, quando estudiosos muçulmanos começaram a incentivar que fosse feito um boicote à grife. O designer se desculpou, alegando que havia retirado o trecho de um livro sobre o Taj Mahal, acreditando ser originalmente um poema.



Anos depois, outra polêmica! Em 2001, no desfile de moda no Lincoln Center, em Nova York, ativistas da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em tradução para o português) fizeram protestos contra Lagerfeld. Um porta-voz da PETA chamou o estilista de “designer de dinossauros”, pois continua a usar peles de animais em suas coleções.

A cantora britânica Adele foi alvo de comentários polêmicos de Karl Lagerfeld em 2012, quando ele disse que ela é “um pouco gorda demais”, o que causou grande fúria em todo o Reino Unido e ao redor do mundo.

Karl X Adele
Karl X Adele
Posteriormente, ele veio a se desculpar, e a cantora rebateu a crítica maldosa do estilista, dizendo que é como a maioria das mulheres, e que sente orgulho por isso.

Meses mais tarde no mesmo ano, Lagerfeld voltou a protagonizar outra polêmica devido aos seus comentários inconvenientes. Nessa situação, o designer elogiou a aparência de Kate Middleton, duquesa de Cambridge, e em seguida criticou a sua irmã, Pippa Middleton.

Ele disse: “Kate Middleton tem uma silhueta bonita e é a garota certa para aquele menino. Eu gosto desse tipo de mulher! Eu gosto de belezas românticas” e acrescentou, sobre Pippa: “Ela se esforça. Mas eu não gosto do seu rosto. Ela só devia mostrar-se de costas!”

As irmãs Pipa e Kate Middleton
As irmãs Pipa e Kate Middleton
Em maio desse ano, Karl disse ao jornal francês Le Point que poderia renunciar a cidadania alemã por conta dos muçulmanos recebidos recentemente no país.

Em meio a uma história rica e cheia de acontecimentos, inovações, surpresas, posturas consideradas inadequadas e comentários preconceituosos, Karl Lagerfeld é hoje um dos maiores nomes do mundo da moda.

E você, o que achou dessa figura inusitada e surpreendente? Comente abaixo com a sua opinião sobre o designer alemão.






 
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Saiba tudo sobre Karl Lagerfeld, um dos maiores nomes da moda
Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente
Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente

O alemão Karl Lagerfeld é um dos estilistas vivos mais famosos do mundo. O designer de moda é diretor criativo da Chanel e da casa de moda italiana Fendi, além de também dirigir a sua própria casa de moda Karl Lagerfeld.

O designer de moda é atualmente uma das figuras mais respeitadas no mundo da moda, sendo grande responsável por moldar a indústria e lançar tendências.

Ele possui uma história particularmente notável, marcada por inovações, polêmicas e controvérsias. Seu estilo é marcado pelo seu cabelo branco, óculos escuros e luvas.

Você já conhece a história desse famoso estilista? Confira a seguir tudo sobre essa lenda do mundo da moda.

A história de Karl Lagerfeld
Karl Otto Lagerfeld nasceu na cidade alemã de Hamburgo, em 1933, filho de um rico empresário da Suécia, que trabalhava com a produção de leite em pó. Sua mãe, por sua vez, era de Berlim. Era violinista e trabalhava com a venda de lingeries quando conheceu seu marido. Eles se casaram no ano de 1930.

Karl Lagerfeld é conhecido por evitar que o público saiba sua data de nascimento real, provavelmente em uma tentativa de ocultar a sua verdadeira idade. Em função disso, chegou a dar informações contraditórias em uma entrevista cedida em 2009 para uma emissora francesa de televisão, fazendo a confusão da audiência.

Karl Lagerfeld
Karl Lagerfeld
No entanto, o anúncio do seu nascimento e o registro de batismo confirmam que ele nasceu em 1933.

Na década de 1930, a família de Karl se mudou para uma região rural, devido à ascensão de Hitler ao poder da Alemanha. Os Lagerfeld só voltaram à Hamburgo anos mais tarde, quando Karl já era um adolescente e passou a se dedicar à carreira fashion.

Quando criança Karl frequentou escolas particulares, e terminou o ensino secundário no Lycée Montaigne, em Paris, no qual se formou em desenho e história.

Karl Lagerfeld em desfiles renomados
Karl Lagerfeld em desfiles renomados
Lagerfeld foi contratado como assistente por Pierre Balmain, após vencer um concurso de design promovido por uma instituição internacional. O evento ocorreu em 1955, e ele foi o vencedor na categoria de casacos. Esse acontecimento foi um grande marco para a história profissional de Karl Lagerfeld, que a partir de então ingressou no mundo da moda.

Carreira profissional
Após três anos trabalhando na casa francesa Pierre Balmain, ele ingressou na Jean Patou, grife de mesma origem que a anterior. Lá, Lagerfeld projetou duas coleções de alta costura por ano, durante os cinco anos em que trabalhou para a marca.

Sua primeira coleção foi apresentada em 1958, na qual ele usou o nome Roland Karl ao invés de Karl Lagerfeld.

FOI A PARTIR DE 1962 QUE OS REPÓRTERES DE MODA PASSARAM A CHAMÁ-LO DE KARL LAGERFELT OU KARL LOGERFELD.

Sua estreia na Jean Patou foi mal recebida pela crítica de moda. A jornalista de moda americana Carrie Donovan escreveu que “a imprensa vaiou a coleção”.

Jean Patou- grife renomada que lhe abriu as portas
Jean Patou- grife renomada que lhe abriu as portas
Em 1960, Lagerfeld apresentou uma linha de saias para a temporada da primavera, a qual também não foi bem recebida. Dessa vez, Carrie Donovan escreveu que a linha “parecia inteligente e extremamente comercializável, pronta para vestir, não alta costura”. No mesmo ano, ele lançou pequenos chapéus especiais. Apesar de terem sido bem recebidos, a crítica em geral apontou que a linha não era inovadora.

Lagerfeld relata que passou a ficar entediado na Jean Patou, e então decidiu passar dois anos viajando por diversas praias.

A Tiziani
De volta ao trabalho em 1963, o designer começou a desenhar para a Tiziani, casa de alta costura italiana fundada por Evan Richards naquele mesmo ano. Seu início na grife foi marcado pela haute-couture (alta-costura) e depois pelo prêt-à-porter, cujo rótulo era  “Tiziani – Roma / Made in England”.

Desenhos de Karl na Tiziani
Desenhos de Karl na Tiziani
A primeira coleção nascida dessa parceria foi apresentada no mesmo ano. Elizabeth Taylor era uma das grandes fãs da marca, bem como outros nomes de renome, como Gina Lollobrigida, Doris Duke, e a Princesa Marcella Borghese. O desenhista se manteve na casa de moda de Richards até 1969, quando então foi substituído por Guy Douvier.

Em 1964, ele começou a trabalhar como freelancer para mais uma casa de moda francesa famosa, a Chloé.

Karl na Chloé
Karl na Chloé
Inicialmente, Lagerfeld contribuía com algumas peças a cada estação, e posteriormente passou a projetar coleções inteiras para a grife. Algum tempo depois, ele foi nomeado o novo diretor artístico da grife, com a responsabilidade de reinventar a marca, que encontrava-se, na época, em declínio. Isso aconteceu décadas mais tarde, em 1991.

O designer também atuou com uma breve colaboração para a casa de moda Curiel, por meio de um projeto de alta-costura. Isso aconteceu em 1970, no ano seguinte do falecimento de Giglioga Curiel.

Na Primavera de 1973, Lagerfeld ganhou as manchetes de revistas e jornais com sua nova coleção para a Chloé, que obteve destaque por oferecer algo que fosse “alta moda e alta acampamento” ao mesmo tempo. As jaquetas dessa coleção foram o maior sucesso. Outro item de relevância foi a saia “surpresa”: com comprimento até o tornozelo, feita de seda plissada e caimento solto, que ajudava a esconder que na verdade a peça se tratava de uma calça.

ALÉM DESSAS MARCAS, O ESTILISTA JÁ COLABOROU TAMBÉM COM A TOMMY HILFIGER, MELISSA E WOLFORD.

Atuação na Chanel
Em 1983, Karl Lagerfeld foi nomeado diretor criativo pela Chanel, com o objetivo de perpetuar o estilo lançado pela fundadora Coco Chanel, falecida em 1971.

A primeira linha lançada por Karl Lagerfeld para a Chanel foi um verdadeiro resgate às décadas de 1920 e 1930, contando com referências do trabalho deixado por Coco Chanel.

Karl na Chloé
Karl assume o posto na Chanel
Nessa época, a grife estava à beira da falência, mas o estilista alemão foi capaz de trazê-la de volta ao sucesso. Ao mesmo tempo em que levou modernidade e renovação para a maison, conseguiu manter as características marcantes e o legado da icônica marca francesa, evitando que ela caísse no esquecimento.

Na década de 80, o designer escolheu a modelo Inès de la Fressange como égérie (musa) da marca. A escolha se deu devido a sua semelhança com Coco, em uma tentativa de reencarnar a imagem da estilista.

Inès de la Fressange
Inès de la Fressange
Inès foi a primeira modelo a assinar contrato de exclusividade com uma casa de alta costura. Além disso, também foi a primeira a tornar-se uma estrela famosa e popular na história da moda.

Em 2004, Lagerfeld desenhou para a maison francesa os dois selos de Saint-Valentin emitidos pelo Correio Francês.

Karl também foi o responsável pela renovação das clássicas bolsas da grife francesa, que nunca deixaram de ser um grande sucesso e um verdadeiro sonho de consumo entre os grandes apreciadores da moda.

Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente
Renovou a moda e trouxe à tona o nome da grife novamente
A cada coleção, as bolsas Chanel aparecem em novos tecidos, tons e formas. Karl foi responsável por lançar peças incríveis e ousadas, sem perder a essência da grife. Há poucos anos, desenvolveu uma nova linha, que foi batizada de Gabrielle, em homenagem à Coco, cujo nome de batismo era Gabrielle Bonheur Chanel.

Atuação na Fendi
A história de Karl Lagerfeld com a Fendi é ainda mais antiga do que com a Chanel: ele é o diretor criativo da Fendi desde 1965. Essa história rendeu inclusive um livro, lançado em 2015. A obra, intitulada Fendi By Karl Lagerfeld, conta com relatos, desenhos, entrevistas e memórias do estilista alemão.

Karl entrou para a história em 2015, quando a Fendi estreou na Semana de Moda de Paris, tornando-o o primeiro estilista a comandar dois desfiles de alta-costura na mesma temporada (Fendi e Chanel).

O único estilista a desfilar em duas maisons
O único estilista a desfilar em duas maisons
Uma das criações mais icônicas da Fendi é a bolsa Peekaboo, por Sylvia Venturini Fendi. A peça surgiu na coleção Primavera/Verão de 2009. O nome faz referência à uma brincadeira (peek a boo). A peça foi recriada recentemente, em comemoração aos seus 10 anos de lançamento.

Outra invenção de destaque da label italiana são os chaveiros, que chamam bastante a atenção e aparecem em diversos tamanhos e formatos. Há, inclusive, um modelo de “mini Karl Lagerfeld”.

É, inclusive, um dos chaveiros mais procurados
É, inclusive, um dos chaveiros mais procurados
A atriz e modelo Cara Delevingne desfilou na Semana de Moda de Milão de 2014 usando um casaco-vestido preto com capuz felpudo, e segurando o acessório que homenageia o artista.

A marca Karl Lagerfeld
Foi em 1984 que Karl finalmente criou sua marca, localizada no número 144 da Champs-Élysées.

Em 2002, foi lançada uma coleção especial denim, feita em parceria com Renzo Rosso, fundador da Diesel. A coleção, chamada Lagerfeld Gallery by Diesel, foi co-projetada por Lagerfeld e desenvolvida pela equipe de criação da Diesel, sob a supervisão de Rosso. Era composta por cinco peças, que foram apresentadas em desfiles do designer durante a Paris Fashion Week.

Desfile oficial da grife
Desfile oficial da grife
Após o evento, Rosso disse em entrevista:

“ESTOU HONRADO DE CONHECER ESSE ÍCONE DA MODA DO NOSSO TEMPO. KARL REPRESENTA A CRIATIVIDADE, TRADIÇÃO E DESAFIO, E ELE TER CONVIDADO A DIESEL PARA ESSA COLABORAÇÃO FOI UM GRANDE PRESENTE E RECONHECIMENTO DE NOSSA REPUTAÇÃO COMO O PRÊT-À-PORTER DE CASUAL WEAR”.

Os modelitos foram vendidos em edições limitadas em suas galerias em Paris e Mônaco, e no Diesel Denim Gallery em Nova York e Tóquio. Já na primeira semana de vendas em Nova York, mais de 90% das calças já havia sido vendidas, com preços que variavam de 240 dólares a US$ 1.840.

Lojas oficial da marca
Lojas oficial da marca
Em 2004, foi lançada uma linha limitada de roupas Lagerfeld pela H&M, com peças masculinas e femininas. Apenas dois dias após a divulgação dos pontos de venda e os estoques já tinham quase se esgotado.

Apesar do enorme sucesso, Lagerfeld expressou certa preocupação e receio em trabalhar com marcas low-end (que apresentam peças com preços baixos, para clientes que não têm condições de investir grandes quantidades de dinheiro em peças da moda).

A linha K par Karl foi lançada em 2007, com o objetivo de rejeitar o espírito denim chique de estilo urbano.

Em 2010, Karl Lagerfeld foi homenageado com um prêmio criado para ele, pelo The Couture Council of The Museum at FIT (Conselho de Alta Costura do Museu do Instituto de Tecnologia Fashion, em tradução livre para o português). O prêmio, intitulado Couture Council Fashion Visionary Awards, foi entregue em um almoço beneficente no Avery Fisher Hall, em Nova York.

A paixão pela fotografia
Além de designer de moda, Lagerfeld é também fotógrafo. Tudo começou em 1987, quando ele fez fotos para um material da Chanel destinado à imprensa.

Karl também é apaixonado pela fotografia
Karl também é apaixonado pela fotografia
Em 1997, ele lançou o livro Visionaire 23 The Emperor’s New Clothes (em tradução para o português, As Roupas Novas do Imperador). Trata-se de uma série de fotos nuas de modelos e celebridades.

A Lagerfeld Gallery foi inaugurada em 1998, com o intuito de dedicar-se exclusivamente à fotografia.

Em 2005, Karl Lagerfeld fotografou Mariah Carey para a capa da V Magazine. Além disso, colaborou com algumas edições russas e alemãs da Vogue e fez um trabalho editorial para a Harper Bazaar. O artista também faz campanhas publicitárias sob sua direção para as casas de moda como a Chanel, Fendi e sua grife homônima.



Ele também publica livros de fotos e de arquitetura, tais como Villa Malaparte e Villa Noailles, entre outros, alguns em colaboração com o arquiteto japonês Tadao Ando. Lagerfeld é o proprietário da livraria 7L e da editora de mesmo nome, localizada na rua Lile, em Paris.

Em 2013, ele dirigiu o curta-metragem Era Uma Vez… na Cité du Cinéma, Saint-Denis, por Luc Besson, com Keira Knightley no papel de Coco Chanel e Clotilde Hesme como sua tia Adrienne Chanel.

Em 2015, Karl reuniu vários trabalhos e lançou a exposição A Visual Journey, na Pinacothèque de Paris:



Karl também fez a exposição The Little Black Jacket, que em 2012 foi inaugurada no Grand Palais, em Paris, e posteriormente passou por Tóquio, Nova York, Taipei, Hong Kong, Londres e Moscou. A mostra reúne 113 fotos tiradas por Karl Lagerfeld de personalidades marcantes e diversas como Olivier Theyskens, Anna Wintour, Yoko Ono e Uma Thurman.

As inovações mais marcantes
A cantora e atriz brasileira também serviu de inspiração para Lagerfeld, que criou vestidos mini-bra com saias bem curtas, vestidos longos com tops de sutiã e lenço-xales.

Da década de 1970 em diante, Lagerfeld passou a trabalhar ocasionalmente como figurinista em algumas produções teatrais. Ele colaborou com artistas como Luca Ronconi e Jürgen Flimm, e projetou figurinos para teatros como o La Scala (Milão) e o Burgtheater (Viena), entre outros.

Lagerfeld desenhou os figurinos para as sequências do filme Callas Forever, de 2002, e para o filme De Salto Alto, de Pedro Almodóvar.

Callas Forever- Figurino de Kal Lagerfield
Callas Forever- Figurino de Kal Lagerfield
Em 2004, o designer trabalhou em algumas roupas para a cantora Madonna, que usou-as em sua turnê Re-Invention. O designer fez também as roupas de Kylie Minogue para a Showgirl Tour, de 2005.

Madonna Tour Re-Invention
Madonna Tour Re-Invention
Karl sempre trabalha para produzir desfiles dos jeitos mais inusitados e divertidos possíveis, inspirados em lugares como supermercados, aeroportos e cassinos. Sua ideia é mostrar que as roupas da grife não se encaixam apenas em ocasiões formais.

No desfile da temporada de inverno 2014/2015 da Chanel, Karl transformou o Grand Palais em um supermercado. No cenário, o próprio estilista e suas modelos entraram empurrando carrinhos e escolhendo produtos das prateleiras.

Polêmicas e discriminação
A história do designer de moda alemão também é marcada por uma série de polêmicas e controvérsias. Na Semana de Moda de Milão de 1993, a stripper e atriz pornô italiana Moana Pozzi foi uma das modelos a desfilar para a coleção Black and White da Fendi. A atual editora-chefe da revista Vogue norte-americana Anna Wintour se retirou do desfile.

Em 1994, Lagerfeld fez uso de um verso do Alcorão para apresentar a sua coleção de alta-costura de primavera para a Chanel daquele ano. Isso gerou uma grande polêmica, quando estudiosos muçulmanos começaram a incentivar que fosse feito um boicote à grife. O designer se desculpou, alegando que havia retirado o trecho de um livro sobre o Taj Mahal, acreditando ser originalmente um poema.



Anos depois, outra polêmica! Em 2001, no desfile de moda no Lincoln Center, em Nova York, ativistas da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em tradução para o português) fizeram protestos contra Lagerfeld. Um porta-voz da PETA chamou o estilista de “designer de dinossauros”, pois continua a usar peles de animais em suas coleções.

A cantora britânica Adele foi alvo de comentários polêmicos de Karl Lagerfeld em 2012, quando ele disse que ela é “um pouco gorda demais”, o que causou grande fúria em todo o Reino Unido e ao redor do MUNDO.



Karl X Adele
Posteriormente, ele veio a se desculpar, e a cantora rebateu a crítica maldosa do estilista, dizendo que é como a maioria das mulheres, e que sente orgulho por isso.

Meses mais tarde no mesmo ano, Lagerfeld voltou a protagonizar outra polêmica devido aos seus comentários inconvenientes. Nessa situação, o designer elogiou a aparência de Kate Middleton, duquesa de Cambridge, e em seguida criticou a sua irmã, Pippa Middleton.

Ele disse: “Kate Middleton tem uma silhueta bonita e é a garota certa para aquele menino. Eu gosto desse tipo de mulher! Eu gosto de belezas românticas” e acrescentou, sobre Pippa: “Ela se esforça. Mas eu não gosto do seu rosto. Ela só devia mostrar-se de costas!”





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