DEPRESSÃO EM MULHERES



Queridas  leitoras,

Constatamos o aumento de casos , número elevado  de depressão em mulheres, as vezes não necessário motivo especial, são situações que acumulam e desencadeiam essa doença.
Tais alterações emocionais tem a ver com o desequilíbrio na produção dos estrogênios na fase da transição para a menopausa. Esses hormônios são como chaves que abrem portas de mecanismos complexos do corpo feminino. No cérebro, por exemplo, facilitam a conversão de substâncias neurotransmissoras como a acetilcolina e serotonina, que atuam sobre o bem estar em geral e algumas faculdades em particular como a da memória. No sistema nervoso central, modulam atividades comandadas pela região do hipotálamo, entre elas, a temperatura do corpo e a pressão sanguínea.
É clara a correlação entre flutuações hormonais, calores e suores e maior vulnerabilidade à depressão. 





Que tem afetado maioria da população, nós mulheres também estamos expostas a essa doença..
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. Depressão é também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%. A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse, absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos. Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
DIFERENÇA ENTRE TRISTEZA E DEPRESSÃO
 Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.

RECONHECENDO SINTOMAS 
Em geral, o indivíduo com depressão reconhece que está sendo afetado por algo novo, diferente das outras experiências de tristeza que teve na vida. A família pode identificar o comportamento do deprimido pela mudança de atitudes, porque ele deixa de ser o que era, deixa de sentir alegria, apresenta queda de desempenho e passa a agir de forma diferente da habitual.
São muitos os sintomas da depressão. Talvez o mais evidente seja o humor depressivo, que se caracteriza por tristeza e melancolia, acompanhado por falta de ânimo e de disposição, incapacidade de sentir prazer em atividades habitualmente agradáveis, alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos, desesperança, desamparo.

BUSCA DE AJUDA
Infelizmente, isso acontece. Muitas vezes, os indivíduos custam a identificar como anormal o que estão sentindo. É comum atribuírem a depressão a um mau momento da vida ou a relacionam com um obstáculo que poderá ser transposto sem dar-se conta de que foram acometidos por uma doença que tem tratamento capaz de melhorar sua qualidade de vida.
ATIVIDADE FISICA AJUDA MUITO
 A atividade física ajuda bastante. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.

DEPRESSÃO PÓS PARTO
Existem duas posições no pós-parto. A primeira é um estado leve de melancolia que dura de cinco a sete dias e não traz grandes consequências nem para as mães nem para as crianças. A outra é a depressão pós-parto propriamente dita, um manifestação mais grave, porque compromete a mulher e sua visão de mundo e favorece o risco de um infanticídio. É um caso tão sério que o código penal não o reconhece como crime, pois considera que a mulher perdeu a crítica e o ajuizamento da realidade.
NA MENOPAUSA
A menopausa também é um período de risco de depressão para as mulheres. É um fenômeno relacionado com a perda da capacidade reprodutiva e com as mudanças hormonais do sexo feminino.

Quando aparece um quadro depressivo na família, como ficam as relações afetivas?
 – Geralmente a família se desestrutura bastante. A tendência inicial é querer ajudar  indivíduo a reagir. Como ninguém consegue, aflora um sentimento de frustração difícil de contornar. Por outro lado, uma série de crenças populares, que rotulam a depressão como falta de vontade, defeito de caráter e doença de rico, interferem negativamente. A mistura dessas crenças com as tentativas infrutíferas de auxílio distorcem as relações familiares. Além disso, deve-se considerar o impacto social e econômico que a doença pode representar para toda a família.
FONTE:http://drauziovarella.com.br/audios-videos/estacao-medicina/depressao-doenca-que-precida-de-tratamento/

depressão e sexualidade
A alteração da sexualidade, especialmente na fase em que o desejo está mais aflorado, pode ser o primeiro sintoma de depressão. A pessoa sente pouco ou nenhum desejo e, geralmente, a excitação se altera, o que pode causar dores durante as relações sexuais.
Outro problema que aflige 50% dos pacientes que utilizam algum tipo de antidepressivo é a diminuição do desejo, o bloqueio da excitação ou o retardo do orgasmo. E o mais grave de tudo é que apenas 10% dessas pessoas relatam esse problema sexual ao médico.
A relação que ocorre entre depressão e sexualidade também pode ocorrer de forma inversa à que estamos relatando. Algumas pessoas com disfunções sexuais não-resolvidas podem acabar se sentindo impotentes e angustiadas a ponto de cair em depressão. Por isso, é importante que todos os problemas sexuais sejam sempre resolvidos o mais rápido possível, antes dos primeiros sinais de depressão.
Considerando o alto índice de depressão da população em geral (alguns estudos apontam que 25% das pessoas padecem dessa doença ou, ao menos, sofrem com um caso isolado de depressão em algum momento da vida), é preciso estar alerta. Por isso:
• Procure profissionais competentes caso note alguns dos sintomas mencionados acima, principalmente se esses sintomas não têm motivo claro e se prolongam por mais de dois meses. Procure um médico imediatamente caso pense em suicídio.
• Se você suspeita que os antidepressivos afetam sua resposta sexual, converse com seu psiquiatra. É ele quem deve pensar em outras alternativas. Há antidepressivos que melhoram a resposta e o desejo sexual. O médico poderá trocar o medicamento ou ajustar a dose para que isso não seja afetado.

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